Thursday, August 24, 2006


[rezem, orem, pray]

Eu sou contra a entrega gratuita. Realmente sou. Se há entrega, ela deve vir, penso eu, com uma certeza: seja a certeza de um amar grande [no caso de entrega ao outro], seja a certeza de uma guerra realmente perdida [quando a entrega é sinônimo de desistência], seja a certeza de que aquele é o melhor caminho a seguir [quando a entrega é, bem, caminho].

Mas não acredito na entrega gratuita!

Primeiro porque se não há amor, já não há entrega. E vice versa.

Segundo porque desistir oficialmente de algo não é só desistir, mas já ter desistido faz tempo. Afinal, ninguém vence guerra nenhuma se maldizendo por estar nela.

Opto pela perfeita frase do antropólogo Carlos Castañeda:

"A diferença fundamental entre o homem comum e o guerreiro é que o guerreiro encara tudo como desafio, enquanto o homem comum encara tudo como bênção ou maldição".

Terceiro porque, quando entregar-se é só o que podemos fazer [e existem sim esses momentos], que o façamos com convicção.

Mas não acredito na entrega gratuita. Eu sou muito macha para isso [isso mesmo: eu coloquei macho no feminino, contradição de termos que seja]. Ou muito orgulhosa. Ou muito geniosa. Ou simplesmente chata e teimosa. Não importa. Adjetivos ruins às vezes servem para o bem.

O fato é que, acreditem, acreditem: rezar às vezes é o que nos resta.

Ninguém verá o mundo pelos olhos que queremos que vejam a não ser que escolham por si próprios esse ângulo. E isso geralmente significa viver uma situação que os coloquem em tal posição.

Rezar para mim é isso: uma entrega.

Existe um Ser bem maior que eu. Um Ser verdadeiramente belo.
E Ele tem muito o que fazer.
Ele sempre tem o que fazer.

Entretanto, mesmo que eu peça, vejo que Ele não precisa cuidar de mim sempre.
Mas que Ele cuide de mim quando eu não puder fazê-lo.

Que Ele cuide dos meus quando eu não puder.

Há muito o que fazer.
Para mais de um.

E se Ele não andar por blogs, que escute o que Lhe falo no ouvido.
Por favor.

5 comments:

Anonymous said...

Meu lado romântico e idiota sentimental quer ir morar no mato bem longe de toda população feminina que reclam, reclama, ams adora pisotear o cora~çãoa lheio :/

eu, vc sabe quem :D

LANA NOBREGA said...

anônimo:

Desculpe, eu não sei quem você é não... seria presunção minha supor, porque, convenhamos, você pode ser qualquer pessoa... desde alguém que eu machuquei [pois já aconteceu, mesmo que não tenha sido minha intenção], a alguém que levou meu post para uma outra direção, o que é aceitável porque, bem, cabe a cada um de nós absorver o que quisermos...

de qualquer forma, eu gostaria sim de saber quem é você. isso torna tudo sempre mais claro. e a clareza é parte imprescindível da vida.

agora... ir para o mato???
qual é??

mesmo que tenha sido eu a culpada por qualquer dor sua [ou talvez eu esteja viajando, mas assuntos mal resolvidos me dão essa concessão], me mande à merda e siga lutando! ou mande à merda quem for!

Se essa for sua atitude, a mulher mais perfeita, e a mais imperfeita também, vai lhe machucar sempre... e não será culpa delas apenas...

E, e anote isso com muita cautela porque é o conselho mais essencial a um homem: SE IMPONHA!

Não há mulher no mundo que não vá lhe respeitar se você fizer isso.
Mas o 'anônimo' talvez já diga muito de você...

E isto aqui não é bola de cristal ou programa de rádio...
Se quer desabafar algo para mim, que faça da maneira correta e corajosa de se fazer.

Asgardiano said...

ô anônimo foi preguiça!
Desperate Lana Mara :/

LANA NOBREGA said...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!!

mas o conselho foi válido!!! :P

Asgardiano said...

nhé