Thursday, September 07, 2006


[hello, goodbye, see you later]

Como boa amante da vida, dou-lhe esta razão: ela tem umas tiradas fora de série!

Nada de lingüísticas aqui neste cantinho porque, francamente, não as agüento nem no pseudo-curso-matéria-de-letras que hipocritamente digo que faço. Mas existe algo nessa história de hello, goodbye, see you later... O quê, exatamente? Bem... as respostas seriam muitas. Até porque venho aprendendo isso: as respostas são muitas!

E muitas vezes cabe apenas a você achá-las.

Mas, reflexões grudentas e pessoais à parte, ora veja só [due to the numbers of actual comments on this thing, let me just say that i speak for myself here], eu amo essas três palavrinhas. E amo mais ainda quando sabemos a hora certa - e não esqueçam, ladies and gentlemen, a maneira certa - de usá-las.

Há cinco anos atrás - não tão precisos e não tão exatos - eu arrumava minhas malas mais uma vez para retornar para este Brasil adolescente. Na mala, well, estava uma variedade de fragmentos da vida que eu havia levado lá e da vida que eu esperava levar aqui.

No meio disso tudo, um som azul [oh, my dearest color, its been some time, huh?], comprado com o último pagamento em dólar que eu recebera da faculdade em que eu estudava e trabalhava.

Um som 100% meu: diziam meus 22 anos.

E bem, não foi exatamente o motivo que me levou a comprá-lo [até porque já mencionei a cor dele, não é mesmo?], mas eu me lembro que foi um plus a mais [que é para ficar bem redundante]: quando eu o ligo, ele me diz, sempre sorrindo, hello; e quando eu o desligo, ele me diz, já saudoso, goodbye. E esses dois nominhos ficam passeando na sua telinha por algum tempo, que é para se ter certeza de sua intenção [é assim que funciona: existe poesia em tudo, desde que a vejamos].

Não. Não subestimemos a importância dos hello's e goodbye's.

Principamente não subestimemos os goodbyes.

Que na verdade, quando verdadeiros e lícitos, devem ser ditos com a entonação formada por sua própria estrutura: a good bye.

Eles são os melhores.
Eles são um circulo redondinho e querido.

E o mais importante, colegas navegantes: às vezes eles só dependem de você! ;]

E este dia sete, que era para ser verde e amarelo, pois não é que terminou sendo azul?

Meu som azul, meu cachorrinho azul, meu quarto azul, e uma lua enorme e azul lá fora.

Melhor que isso, só os sonhos que estão no meu forninho!

[azul] :]

e como sempre há espaço para um desejo: que saibamos a quem, quando e como dizer essas três palavrinhas.
somos, na verdade, todos mágicos. e o mundo, na verdade, é encantado por nós.
[e, segredo: a Terra veste a roupa do rei]


2 comments:

Luiza Holanda said...

ler entrelinhas é algo que satisfaz por demais. ;)

e não quero precisar te pedir pra ler esse texto novamente, sacou? ;)

amotú, criatura.

e cê falou da lua. eu queria uma enfeitiçada como a do cosmo. :P

Anonymous said...

menina, como é que tu conseguiu pegar uma situação (aparentemente banal) dessas e transformar nesse texto lindo, hein?! e ainda mudou minha perspectiva sobre os hellos e os goodbyes!

"i don't know why you say goodbye and i say hello", pelos beatles, era a minha verdade-mor.

agora? pff, já era. poesia pura. e linda.

beijos, lana.
tu é encantada, criatura.
[isso pega, pelamordenossosenhorjesuscristo? ai, tomara!]