Sunday, May 27, 2007

[confissão]




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Freddy:

Speak and the world is full of singing,
And I'm winging Higher than the birds.
Touch and my heart begins to crumble,
The heaven's tumble, Darling, and I'm...

Eliza:

Words! Words! Words! I'm so sick of words!
I get words all day through;
First from him, now from you! Is that all you blighters can do?
Don't talk of stars Burning above; If you're in love,
Show me! Tell me no dreams
Filled with desire. If you're on fire,
Show me! Here we are together in the middle of the night!
Don't talk of spring! Just hold me tight!
Anyone who's ever been in love'll tell you that
This is no time for a chat! Haven't your lips
Longed for my touch? Don't say how much,
Show me! Show me! Don't talk of love lasting through time.
Make me no undying vow. Show me now!
Sing me no song! Read me no rhyme!
Don't waste my time, Show me!
Don't talk of June, Don't talk of fall!
Don't talk at all! Show me!
Never do I ever want to hear another word.
There isn't one I haven't heard.
Here we are together in what ought to be a dream;
Say one more word and I'll scream!
Haven't your arms Hungered for mine?
Please don't "expl'ine," Show me! Show me!
Don't wait until wrinkles and lines
Pop out all over my brow,
Show me now!

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* do filme 'My Fair Lady'

Wednesday, May 09, 2007

[dvds]

É que talvez as pessoas sejam um pouco como Dvds.

Existem aqueles dvds que só basta que os vejamos uma vez, e sabemos que vamos querer vê-los de novo e de novo para o resto de nossas vidas.

Existem aqueles dvds que mal começamos a ver e já sabemos que o melhor a fazer é desligar logo o aparelho e devolver aquele dvd o mais rápido possível.

Existem dvds que nos encantam durante um período e nos são muito especiais durante esse tempo, mas aí percebemos que eles não fazem mais que com nos sintamos bem, que eles nos fazem chorar.

Existem dvds que logo depois de termos encontrado, não queremos nunca mais sequer ouvir falar deles.

Existem dvds que nos marcam profundamente, mas depois desaparecem e não conseguimos mais encontra-los, por mais que os procuremos.

Existem dvds que vemos algumas vezes e depois não temos mais coragem de ver – por vários e diferentes motivos.

Existem dvds pelos quais nos apaixonamos e então achamos que nenhum outro será tão belo [o tempo nos mostrará, no entanto, que serão vários os belos e que eles nos marcarão de formas diferentes]

Existem dvds que são simplesmente feios, que nos fazem se sentir mal, que nos trazem para baixo sempre que cruzam nosso caminho.

Existem dvds que são como sonhos: absolutamente irreais, mas absolutamente lindos.

Existem dvds que não fazem bem ou mal, e às vezes sequer conseguimos lembrar deles, ou às vezes eles são exatamente o que o momento pede.

Existem aqueles dvds que sempre nos fazem se sentir bem, que sempre levantam nosso ânimo, que sempre nos trazem um sorriso à boca e paz ao espírito.

Existem aqueles dvds que nos causam medo, que fazem com que tenhamos pesadelos, que retratam o que existe de feio no mundo.

Existem aqueles dvds que nos fazem acordar, que nos falam as verdades que precisamos ouvir, que nos arrebatam do mundo das ilusões e fincam nossos pés no chão.

Existem dvds que são como crianças: alegres e inocentes, puros e leves, graciosos e verdadeiros.

Existem dvds que nos mostram fragilidade, que nos fazem ver as limitações do homem, que nos fazem perceber nosso tempo finito, que nos fazem perceber o valor que deve ser dado a cada dia.

Existem dvds que acreditam no fim feliz.

Existem dvds que são repletos de tristezas.

Existem dvds que são cheios de perdão; outros que são cheio de inveja e maldade.

Existem dvds que são exemplos de vida; outros que são exemplos do que não seguir.

Existem dvds que existem simplesmente por existir e outros cuja existência não nos imaginamos sem.

Existem dvds que sobrevivem ao tempo: sempre mostrando continuamente sua importância e beleza. Existem dvds que serão sempre uma linda lembrança. E outros que ficaram esquecidos no tempo a que pertenceram.

Existem dvds que nos chegam como um presente e fazem nossa vida melhor e mais bonita.

Existem dvds que nos fazem olhar alegres para a nossa prateleira: porque só tê-los ali já nos faz nos sentirmos mais felizes e certos de ter sempre um sorriso à mão.



~ Para os ‘dvds’ da minha vida.

Wednesday, May 02, 2007

[definições]

São esses anseios que ecoam de dentro de nós. Vozes que nos gritam no ouvido, que nos sussurram sobre medos, sobre desejos, sobre incertezas. Passado e presente misturados numa corrente contínua e fluida. Olhares que só nós vemos, vozes que só nós escutamos, desfechos que escolhemos sem escolher realmente.

E falamos falando o que não conseguimos falar. E tudo parece tão imenso e tão enrolado e tão cansativo e tão, tão maior que nós.

E as horas nos chegam, sem discrição alguma, esbarroam sua entrada em nosso tempo, rodam tontas no relógio, assoviam salientes do alto das manhãs, riem nocivamente no fechar das noites de derrota. No palco, nós, vencidos pelas superações que não conseguimos alcançar.

Esses pobres homens, também. O que o tempo quer de nós? Quererá nos moldar em seres superiores? Desejará cochichar-nos sabedorias? Anseia talvez nos contar segredos de felicidade e paz?

Ora, ora.

Será esse o plano do tempo?

Desejará ser a água da sede*, o preencher do vazio, o sentido da confusão?

Terá talvez a pretensão de se fazer professor e mestre? De se vestir de luz? Quererá o tempo nos mostrar os por quês? Pensa talvez o tempo que é capaz de nos transformar?

Mas, ora, ora.

Quem o tempo pensa que é?

Esperança, por acaso?


* essa frase não é minha: foi-me dita hoje pela manhã por Flaubênia, colega do mestrado, em um contexto diferente.