Thursday, December 08, 2005


Vem de lá

Creio que peco por minhas constâncias e inconstâncias. Que escolho errado os momentos que me vêm. Eu, ser protetor, confesso: é minha culpa.
Uma data se delineou à minha frente e eu tive medo. Por quê? Acho que sou um pólipo, acho que é esse bichinho o bicho que eu sou.

Quer que eu te descreva? Que fale da tua vida? Te teça elogios? Te emocione?
É tão simples! É tudo tão simples!

Difícil é eu encontrar a linha reta que meus pés querem seguir.

Friday, October 07, 2005

Bem perto

Estava lembrando do meu pai. De olhar para cima e ver ele. De estender os braços e pedir colo.

Fui muito mimada. Filha única. Ou única filha - para ficar mais claro.

Ainda, uma criança melosa e sapeca. Que adorava beijar e cuidar.

Hoje, que coisa, ainda quero colo.

E, mais importante, ainda olho para cima.
E olharei sempre.

Meu pai é um homem grande.


Não quero um milhão...


Amigos. Eles são para mim, tudo. São extensão da minha família, são minha base.

É deles a voz que quero ouvir, é a eles que corro quando preciso, é o sorriso deles que também traz o meu.

Os conto em uma mão. Os de cada dia, mesmo.
Mas amo cada um deles imensamente.
E quero vê-los sempre felizes.


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PS: Alguém lembra quando o Orkut era bom e a gente não tinha que apagar mil spam-craps por dia???

Thursday, September 29, 2005

"O mesmo banco, a mesma praça, o mesmo jardim..."

Sempre um turbilhão invade a vida da gente de uma vez, não é? Passa-se tempo em um mesmo marasmo, esperando que os dias mudem, e, assim de repente, um bando de coisas que deveria vir parcelado, resolve vir à vista e em liquidação!!

Pois assim foram os dois últimos dias.
E se eu disser que não gosto, estarei mentindo.

Do título, algo diferente: Tenho ele perto de mim. Graças a Deus!


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Estava pensando outro dia...

O bom de ser cearense:

Dizer coisas como "nem se avexe!", ou "nem se aperreie!"

O ruim de ser cearense:

Ouvir "macho" a cada cinco minutos.

Monday, September 26, 2005



Good Heavens

Nossa mãe. Até eu ando com preguiça de mim e do que escrevo. Para bem citar uma amiga minha, coisa besta estar escrevendo aqui temas melancólicos sobre meus pobres conflitos. Blergh! No entanto, tenho aprendido a mandar o povo catar coquinho. Este é o único divã que meu dinheiro inexistente pode bancar.

Então, sem concordar com a atitude da amiga, sem entender o jeito do irmão, sem saber muito bem o que fazer comigo mesma, sem conseguir terminar de ler o livro que tenho que terminar de ler, não conseguindo mais escrever o que queria, sem aprender a desenhar as inúmeras imagens que vejo prontas em minha mente, sem conseguir fazer meu cachorrinho ficar bem, vendo relacionamentos que eram eternos se esvaírem, sem dinheiro ou viagens, sem ver o comportamento que eu queria, e muitas vezes sem entender por que ando sentindo o que estou sentido, estou aqui sim fazendo uma lista dos meus ralos problemas.

A merda é que isso não é nada. E dou graças a esse tipo de merda.

Mas ainda assim sinto falta do tempo frio no rosto, de Billy com Legião, de amigas que me digam a frase certa.

Bolas de cristal precisam ser distribuídas por aí talvez.
Também não quero nada.


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Algumas considerações:

1. Por que têm dias em que a gente simplesmente se sente triste?

2. O sol de Clarice bem que podia me iluminar um pouquinho...

3. Muitas saudades da minha avó

4. Para quê se precisa de laxante nesse mundo?

5. E por que laxantes nunca agem como suas propagandas dizem que vão agir?

6. Meu dedinho operado, torto e curto tá doendo - agora com irmão mais velho

7. Se meu computador respondesse a tudo que escrevo nele teria um grande amigo - ou um grande inimigo

8. A História da Arte me persegue

9. Às vezes me falta ironia

10. A vida é linda - de verdade

11. Vou só ter filhos homens e vou viver 98 anos

12. Definitivamente a única adolescente que eu agüento era a que eu era - e olhe lá

13. Fastasmas sempre aparecem, não é?

14. Maria Bethânia

15. Eu quero praia, eu quero peixe, eu quero mar.

16. Misantropa talvez, sim.

17. Quero ver meus super-heróis felizes e descansados. E isso me basta como meta de vida.

Sunday, September 25, 2005


Miinha Carta

No som: Los Hermanos. Poesia concreta flutuante. Harmonia plena.

É que acordei cedo. Domingão longo, eu queria. Dia de gula, de andar descalça, de bater fotos bobas, de assistir de novo aquele filme. De ter aquela saudade. Cresci tão rápido. Logo eu que nunca quis crescer. Na tela, vejo desenhos. Será mesmo que todo técnico é um jogador frustrado? As palavras jogam pingue-pongue no cérebro mas têm fugido do papel. Normal. E não queria assim. No jogo de baralho nunca fui boa. Não sei o que são espadas, ouros... mas sempre gostei do coringa. Com seu chapéu de guisos sempre no ar. Com sua cara irônica rindo de todos os destinos e sortes.

O engraçado de acumular papéis é redescobrir fases. Eu encontrei uma carta antiga por esses dias. Endereçada a Deus. Pois é, olha só. De médico e louco todo mundo tem um pouco, não é? Eu, particularmente, escolho a louca à médica em mim. Mas era uma carta bonita. Coisa de quem prefere escrever a falar. E a carta me dizia hoje, do ontem. Do que me preocupava então. Faz tempo, já. Nada do que estava lá hoje me preocupa.

O bom disso é que, teoricamente, o que hoje me preocupa vai também estar numa carta que vou achar quando nada mais disso fizer sentido.


Tuesday, September 20, 2005


"Pela tela, pela janela..."

Quem disse que gente que normalmente é boazinha não tem direito a um quê de acidez? Pois é, pois é... Ainda bem que tem direito. Porque ultimamente algumas coisas que têm me caído na rede são realmente risíveis. Já viu coisa mais sem noção do que algumas pessoas no Orkut? A estampa colorida de suas vidas sem noção, das poses e fotos, das descrições... Ai ai ai! Era preciso vir o Orkut pra gente ver que o povo passa vergonha de graça... Assim, a curto prazo, dobrando a esquina, sem fazer favor.

Eu? Bom, eu na verdade não tenho nada a ver com isso. Rio. Mas rio sozinha aqui no meu cantinho, na minha rede também sem toda a noção que há no mundo.

Os dias têm sido de letras e páginas, de linhas e palavras, de cachorrinhos e cachorrões. No dia que a mãe botar o pé na estrada (se Deus quiser logo!) o Pitoco de gente acho que vai sentir falta... porque tá se achando com a mãe perto dele sempre.

Se ele soubesse como a mãe que logo definir seu cotidiano, entrar na rotina, trazer pão nosso de cada dia pra casa e ser o que queria ser quando crescesse...

Mas ele não sabe. Ele é só lindo. E isso basta.



Friday, September 16, 2005



Pé de fora da Rede

Água na boca, cheia de tento: "tome tento, menina". Estou tomando, estou tomando. Mas por enquanto eu fico aqui balançando um balanço que é só meu e surpresa: só eu sei desse balanço, só eu o vejo acontecer.

Mas os outros mundos lá fora me convidam a passear. A falar tantas línguas que só a D. Lagartixa pode entender.

Estou virando mestre em algo que não queria tanto virar. E tantas caras e bocas que não são minhas, de repente estão na minha cara e boca. Socializar-se. Eis a palavra. Eis a preguiça.

No momento quatro paredes me oferecem o mundo. Um mundo entediante por vezes, mas cheio de possiblidades também. E ver o produto de outras mentes saltarem na tela que brilha, me enche de ciúme e vontade. Também quero ser gente grande.

Cavar com pá explicações e teorias mirabolantes sobre o pensar e o homem. Esse ser que dá dó, até.

E os traços, meu Deus, os traços! Posso explicar minha paixão por eles? Posso explicar esse encanto que me toma por completo e me faz em êxtase tentar achar algo que justifique eu estar sempre junto deles? Neles meu cérebro encontra seu sorriso e seu pensar. Neles condensa-se a história dos homens pequenos e grandes. Dos que fazem e dos que deixam de fazer.

Sou teimosa. Não há novidades aí. O gênio que me aflora pede ser entendido, embora por vezes eu - mais forte que meu gênio - sumcumba em conciliações para ver o bem comum logo. Mas cansa fazer um único papel sempre. Cansa ter forças por outros. Cansa conciliar e cuidar.

Sou dona da minha casa. Essa casa-caracol que carrego para cima e para baixo e que só permite a mim limpá-la e cuidá-la. Fácil conviver comigo? Evidentemente que não. Mas para quem gosta de um ser materno e super-protetor ao seu lado...

O pé está de fora da rede. E quem sabe as escolhas estarem associadas ao possível é uma coisa boa. Assim só o pé sai da rede. Assim eu balanço um balanço próximo.

O que eu queria de verdade? Eu queria olhar para o lado e ver gente forte. Eu queria que todos soubessem silenciar e entender. Eu queria não falar de futuro. Eu queria não ver detalhes. Eu queria que tudo se encaixasse. Mas aí eu acho que já é pedir demais, não é?

Melhor continuar balançando. Ninar é preciso.

Thursday, September 15, 2005

À minha frente: o que está à minha frente.

O mundo se fecha em decisões: dilacerações de caminhos, sempre. Não é o acordar, o abrir de olhos, o perceber-se vã, incerta, pagã em suas palavras, ou mesmo o bater do martelo do destino. É o escolher. Essa ação por que passa todo e qualquer gesto humano.

Rede na varanda.
Um paraíso meu e dos pensamentos que enfeitam e mareiam o que me está entre os ombros.

E eu que sou fiel a amigos e sentimentos, quando se trata de espaços, mudanças constantes são necessárias. Então, nada de votos à minha Rede. Nada de promessas de publicações diárias.

Como uma rede é, que se arma em qualquer vão de duas paredes, ou árvores, ou o que for que lhe agüente, também só virei aqui quando quiser colocar algo em seus armadores.

Sim [característica textual de quem trava monólogos dentro de si], a inconstância existe aqui porque permeia minha vida no momento. Mas que gargalhadas sejam soltas porque a vida é a mestra da ironia. E isso, isso por si só já é uma grande piada.