Pé de fora da Rede
Água na boca, cheia de tento: "tome tento, menina". Estou tomando, estou tomando. Mas por enquanto eu fico aqui balançando um balanço que é só meu e surpresa: só eu sei desse balanço, só eu o vejo acontecer.
Mas os outros mundos lá fora me convidam a passear. A falar tantas línguas que só a D. Lagartixa pode entender.
Estou virando mestre em algo que não queria tanto virar. E tantas caras e bocas que não são minhas, de repente estão na minha cara e boca. Socializar-se. Eis a palavra. Eis a preguiça.
No momento quatro paredes me oferecem o mundo. Um mundo entediante por vezes, mas cheio de possiblidades também. E ver o produto de outras mentes saltarem na tela que brilha, me enche de ciúme e vontade. Também quero ser gente grande.
Cavar com pá explicações e teorias mirabolantes sobre o pensar e o homem. Esse ser que dá dó, até.
E os traços, meu Deus, os traços! Posso explicar minha paixão por eles? Posso explicar esse encanto que me toma por completo e me faz em êxtase tentar achar algo que justifique eu estar sempre junto deles? Neles meu cérebro encontra seu sorriso e seu pensar. Neles condensa-se a história dos homens pequenos e grandes. Dos que fazem e dos que deixam de fazer.
Sou teimosa. Não há novidades aí. O gênio que me aflora pede ser entendido, embora por vezes eu - mais forte que meu gênio - sumcumba em conciliações para ver o bem comum logo. Mas cansa fazer um único papel sempre. Cansa ter forças por outros. Cansa conciliar e cuidar.
Sou dona da minha casa. Essa casa-caracol que carrego para cima e para baixo e que só permite a mim limpá-la e cuidá-la. Fácil conviver comigo? Evidentemente que não. Mas para quem gosta de um ser materno e super-protetor ao seu lado...
O pé está de fora da rede. E quem sabe as escolhas estarem associadas ao possível é uma coisa boa. Assim só o pé sai da rede. Assim eu balanço um balanço próximo.
O que eu queria de verdade? Eu queria olhar para o lado e ver gente forte. Eu queria que todos soubessem silenciar e entender. Eu queria não falar de futuro. Eu queria não ver detalhes. Eu queria que tudo se encaixasse. Mas aí eu acho que já é pedir demais, não é?
Melhor continuar balançando. Ninar é preciso.
Água na boca, cheia de tento: "tome tento, menina". Estou tomando, estou tomando. Mas por enquanto eu fico aqui balançando um balanço que é só meu e surpresa: só eu sei desse balanço, só eu o vejo acontecer.
Mas os outros mundos lá fora me convidam a passear. A falar tantas línguas que só a D. Lagartixa pode entender.
Estou virando mestre em algo que não queria tanto virar. E tantas caras e bocas que não são minhas, de repente estão na minha cara e boca. Socializar-se. Eis a palavra. Eis a preguiça.
No momento quatro paredes me oferecem o mundo. Um mundo entediante por vezes, mas cheio de possiblidades também. E ver o produto de outras mentes saltarem na tela que brilha, me enche de ciúme e vontade. Também quero ser gente grande.
Cavar com pá explicações e teorias mirabolantes sobre o pensar e o homem. Esse ser que dá dó, até.
E os traços, meu Deus, os traços! Posso explicar minha paixão por eles? Posso explicar esse encanto que me toma por completo e me faz em êxtase tentar achar algo que justifique eu estar sempre junto deles? Neles meu cérebro encontra seu sorriso e seu pensar. Neles condensa-se a história dos homens pequenos e grandes. Dos que fazem e dos que deixam de fazer.
Sou teimosa. Não há novidades aí. O gênio que me aflora pede ser entendido, embora por vezes eu - mais forte que meu gênio - sumcumba em conciliações para ver o bem comum logo. Mas cansa fazer um único papel sempre. Cansa ter forças por outros. Cansa conciliar e cuidar.
Sou dona da minha casa. Essa casa-caracol que carrego para cima e para baixo e que só permite a mim limpá-la e cuidá-la. Fácil conviver comigo? Evidentemente que não. Mas para quem gosta de um ser materno e super-protetor ao seu lado...
O pé está de fora da rede. E quem sabe as escolhas estarem associadas ao possível é uma coisa boa. Assim só o pé sai da rede. Assim eu balanço um balanço próximo.
O que eu queria de verdade? Eu queria olhar para o lado e ver gente forte. Eu queria que todos soubessem silenciar e entender. Eu queria não falar de futuro. Eu queria não ver detalhes. Eu queria que tudo se encaixasse. Mas aí eu acho que já é pedir demais, não é?
Melhor continuar balançando. Ninar é preciso.
1 comment:
Sua casa nova é de primeira, moça. Você não devia ter esperado sua amiga sem futuro, pois melhor que isso aqui, impossível. Beijo, Laninha. Saudade.
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